Não conte o tempo nos dedos... conte nossas risadas no escuro, os cafunés, os abraços e os suspiros... Não marque o tempo em horas... é notável que esqueço do relógio quando estamos juntos... Não some o tempo em meses... não seria justo, nem exato... seria confuso, com tantas datas importantes em nosso calendário...
Não estabeleça uma definição de tempo... não quero ter o controle de nada... quero saber apenas que estamos aqui... mais uma vez, observando a noite... que é bela... que é languida... e fulgás...
Não busque formas para prever o futuro que nos pertence... o controle está acima de nossos poderes e decisões... não há respostas para essas perguntas que insistimos em repetir intimamente, em silêncio... não conseguimos nem ao menos contabilizar beijos, que dirá o destino desse 'dois' que se forma... lobos... morcegos... noturnos...
Se as contas lhe falharem a mente mais uma vez... volte aqui e recorde os dias... todos eles escondidos na metamorfose da noite urbana... no apagar das luzes... o brilho que nos uniu... nosso roçar de lábios... um show, um teatro, um cinema, um aquário, um parque, um almoço, um shopping, um escritório, uma casa, um quarto... um beijo... e não tenho nada mais a dizer...
O dia nos pede dez meses... a noite, doze ou treze, talvez... o silêncio, cobra uma vida inteira.
Noturnos... entregues... assim seja!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Plurifique =]