sexta-feira, 28 de setembro de 2012

24 horas

Meia noite e um. As últimas 24 horas dos 24 anos que se despedem. Pouco tempo para avaliar tanta coisa que a mente pede. Tantos registros. Afinal, os 25 pedem passagem e não querem, não devem, não podem esperar por nada. O grande dia está chegando.

Sinto um certo alívio quando penso que de repente posso me livrar de todas essas coisas que andaram me atormentando nos últimos dias. Crises que apelidei carinhosamente - desde o s 15 anos - de T.P.A.: Tensão Pré-Aniversário, que às vezes pode ser usada como Tensão Pós-Aniversário também.


Lamento deixar os 24 intocável quanto às piadinhas de "a idade da decisão". Talvez a famosa piada de  tempos áureos tenha se desgastado e saído de moda, não sei. Ou talvez eu já seja muito decidido sobre tudo e não é preciso brincar com isso. Quem sabe.

Chego aos 25 com muitas metas cumpridas, desafios vencidos, barreiras superadas e sonhos realizados. Deixo os 24 com a alegria de quem se tornou professor, no exercício da profissão que mais admira e pela qual mantem imenso amor e devoção. Vou ao novo ciclo cheio de desejo, de paixões, de bons sentimentos que se nutrem, se fortalecem e crescem de forma considerável por alguém que só tem o bem a me oferecer (penso nos lobos, tão bobos ^.^).

Hoje entendo de amores que nunca vivi, só que o "nunca" já não se encaixa mais ao contexto sublime do que, arrisco dizer, beira à perfeição! Nos caminhos tortos da vida, encontrei e aprendi com um amor tão puro, tão forte e tão essencial que a insegurança assopra em meus ouvidos alguns medos e receios vez em quando. Medo de não merecer tanto.


Sempre achei que 25 anos era uma boa idade para se fazer tudo, até mesmo para se morrer. Não que esse seja o meu desejo, não que eu queira partir tão cedo, mas se assim o fosse, sei que iria feliz por tudo que fiz até aqui -- mas não me importo em esperar um pouco mais, uns 100 anos talvez ,ainda há muita coisa por fazer =B.

Minha estrada de caminhos tortuosos parece ter alterado a sua paisagem natural. Vejo tudo com mais cor, mais alegria. Acho que faz parte desse misturar de cores e despentear de cabelos, onde as frases não tem lógica e os sons parecem ter cheiro. Grãos de loucura dessa mente insana que insiste em querer mudar o mundo à passos largos, mesmo sabendo que anda curtinho.

Tem coisas que eu digo que não são para entender, mas para sentir. Mesmo que pareça não haver sentido. Aí sim é que realmente me identifico. Só por hoje ainda um professor, um apaixonado, um fiel amigo, um namorado, um semeador de ideias e seus 24 anos. 

O relógio não para. A marca das 24hs já foi ultrapassada. Saúdo a noite de braços abertos para o novo ciclo que se inicia. Um dia, novamente, estarei aqui, para registrar mais uma vez esse processo ilógico que é crescer, aprender, evoluir. Espero me manter assim... e que a vida me leve quando as peças do quebra-cabeça estiverem totalmente encaixadas. Até lá, continuarei montando. A cada dia. A cada 24 horas em que eu existir =]



Um comentário:

  1. E que a cada ano você possa nos brindar com textos assim, tão leves e cheios de verdade, cheios de você e esvaziando tudo o que de mal houver.

    Beijo!

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