sexta-feira, 16 de março de 2012

Nº 2

N era um cara cheio de planos, cheio de vida, cheio de ideias. Quis o destino que nem tudo saísse como ele havia planejado. Mal da vida que interrompe trajetórias e propõe mudanças que não foram solicitadas sem pedir permissão.


N sabe dos riscos... é forte e habilidoso como poucos que se viram. Já passou por situações e enfrentou sentimentos que justificam muitos dos cabelos brancos que se confundem a essa tenra idade. Costuma encarar as dificuldades de frente, mesmo quando os problemas lhe esbofeteiam a face. Não é de seu feitio desistir.

Possui desejos simples, comuns a todos os mortais... sonhos de fácil aquisição. Quer encontrar alguém que lhe ame e possa lhe fazer companhia pelos demais dias de vida. Gostaria de ter filhos, não muitos, nem sabe quantos, mas alguns para contar histórias antes de dormir... suas histórias, suas lembranças, suas raízes em vida eternizadas. 

Poucos são os medos de N, mas eles existem... não encontrar a companhia ideal é o maior deles. Pior ainda seria encontrar e não poder tê-la para si... não por inteiro, mas talvez, somente em partes... frações dos desejos e dos sonhos que ele construiu. Sem sementes, sem aprendizes, sem semeadores dos ensinamentos que N deixou ou deixará um dia. 

N é tão comum quanto qualquer mortal... sonhos pequenos em um grande homem... sonhos grandes em um homem de alma ainda maior... um pequeno homem com alma gigante... não há como definir sem que saia algo piegas e repetitivo. 

Que a vida seja justa com N, pois ele sempre foi justo com todos que tiveram o prazer de conviver contigo. Mas viver não é questão de justiça, é questão de aceitar os desafios, as provas e as lições que o universo tem a oferecer... por N motivos que sejam. 

Assim é N...
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N queria ser música, mas calou-se antes que a canção se fizesse ouvir...    

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