quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Eu nem vi...

Levantar todas as manhãs - ou numa manhã qualquer - e observar o céu pela janela. Sentir o ar circulando pelo quarto, movimentado apenas pela minha respiração. Olhar o espaço vago na cama. Perceber que ainda que haja sol lá fora, está tudo nublado em mim.

Não sei dizer quando o silêncio começou a ser tão ensurdecedor assim... quando as folhas pararam de chacoalhar com o vento e as ruas e avenidas se tornaram tão vazias e frias. Não percebi a ausência de rostos, sorrisos ou bons sentimentos. Sequer notei a diferença entre a noite e o dia. Ainda vejo tudo nublado, com pouco ou nenhum resquício de luz.


Não há trabalho/emprego, escola/faculdade, lugar ou casa para onde voltar depois das 18hs. Vejo apenas uma sincronia automática e repetitiva de dias e dias que passam. Tudo tão cinza, tão sem vida... e sem graça. Queria apenas desperdiçar o tempo que sobra (e já não faz falta) na sua companhia. Não me dei conta do quanto as coisas mudaram e em qual momento me perdi. Eu nem vi quando você partiu. E um mundo sem "nós" não tem a mesma graça, não existe (pra mim).

Um comentário:

  1. Tem dias que a noite é foda.
    Tou assim, tou mesmo.
    Tentando achar alguma graça no cotidiano.
    Anyway.

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