Um carro parado em frente ao semáforo. Um "oi", um "tudo bem" e um convite para curtir a madrugada nos melhores inferninhos que se pode encontrar por aqui. O "vamos lá" vem seguido de um beijo sabor menta com sexo prático. Pulamos o formal "qual é o seu nome? Nos conhecemos?".
Primeira parada. A música, os corpos, a dança, o acasalamento entre céu e inferno. Luzes que intercalam os rostos e o suor escondidos naquele breu passageiro. Faces que se misturam e se chocam propositalmente. Flertes de olhares profundos e lábios entreabertos sussurrando desejos. Um, dois, três, quatro, cinco... perdi a conta dos drinks. É hora de ir embora. Meus novos companheiros me chamam.
O cheiro da rua é mais agradável nesse horário. O silêncio das pessoas ausentes também.
Observo o beco onde o cara ao voltante resolve parar. Só agora me dou conta de que ainda não sei o nome dele - e que isso pouco importa. A loira que nos acompanhou me sorri o tempo inteiro. Uma alegria que não se restringe apenas ao álcool consumido, mas também aos toques por baixo da saia, entre as pernas que ela deixou levemente espaçadas. Somos reféns do moreno alto, barbudo e sem nome que salta para o banco de trás, vindo nos acompanhar. Ele, o anfitrião oficial das nossas loucuras.
Vamos cometer mais um ou dois pecados. Os vidros embaçados.
Só os postes serão testemunhas.
Só os postes serão testemunhas.
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