Você já ouviu falar em Poliamor?!
O prefixo Poli-, segundo o dicionário, significa “em grande número, muito”, logo Poli-amor nada mais é do que amor em plural (se assim posso dizer). Saindo da esfera dos meus pensamentos e partindo para uma explicação mais detalhada, o termo Poliamor vem do inglês polyamory, que aborda as relações interpessoais amorosas que não são adeptas ao estilo monogâmico de relacionamento, permitindo-se o envolvimento sentimental e/ou sexual com mais de uma pessoa, consistindo na prática saudável de envolver-se em relações íntimas e eventualmente duradouras com vários parceiros simultaneamente.
Não, não estamos falando de swing ou ‘suruba’, falamos sim de relacionamentos que vão além do sexual, envolvendo o lado emocional em situações distintas, de acordo com a preferência dos interessados.
O convencional nos apresenta definições tais como: solteiro, casado, namorando, separado, divorciado, amasiado, viúvo, enrolado, etc., um plural de definições para caracterizar o “status” da presença ou não de um compromisso com outro alguém. No poliamor a coisa é um pouco diferente. Não há definição somente do status pessoal, mas sim do conjunto, da relação. Vamos ver se eu consigo explicar de uma forma mais clara: - Existem as definições pessoais, mas há também uma forma de identificar o modelo de relacionamento adotado, exemplo, um homem é casado com uma mulher – esse é o status pessoal dele: casado – mas ele também namora e convive com outra mulher (seguindo as premissas do poliamor) – nesse caso o relacionamento com a outra parceira pode ser caracterizado como um namoro que integra o relacionamento aberto. É o mesmo que dizer “tenho um relacionamento aberto: sou casado com uma e namoro outra”.
O Status de fato é o que menos importa nesse tipo de relação. As pessoas não se prendem a definições e sim aos sentimentos, à ligação que as mantêm unidas. O que em Poliamor é a possibilidade de “amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo de maneira fixa, responsável e consensual entre todos os membros” [Blog Poliamores].
As definições restrigem-se apenas ao modelo de relacionamento adotado. Observe as diferenças:
Polifidelidade: um grupo determinado de individuos que se relacionam sexualmente entre si, sem adição de parceiros externos.
Relação Mono/Poli: um pessoa pratica a relação monogâmica mas permite que o seu parceiro se relacione com outras pessoas de forma consensual.
Sub-relacionamento: aceitam relações primários e secundárias, assumindo duas posições (status). Exemplo: um casamento onde um parceiro (ou ambos) possui um namorado.
Poligamia: uma pessoa que casa com diversas outras – IMPORTANTE ressaltar que Poligamia não é definição exata de poliamor, e sim uma forma entre tantas outras de relacionamento.
Além disso a Wikipedia [e tantos outros sites que abordam o tema] trazem muito mais classificações ou sub-divisões que eu acho que não cabem aqui, pois só iriam dificultar o entendimento de algo que não precisa ser tão aprofundado assim.
Existem muitos desafios a serem vencidos/vivenciados pelos adeptos desse modelo de relação. E se engana quem pensa que “ta tudo liberado”, pois existem regras e/ou costumes, escolhas, que regem tal modelo de união. Que um exemplo? Ciúme. Por si só já um dos maiores problemas do relacionamento a dois, já imaginou com três ou mais pessoas? Mas isso fica para uma próxima conversa. Por hoje paramos por aqui.
Acesse: Pratique Poliamor Brasil
Assista: Poliamor, José Agripino (2010)
Leia: Aline, Adão Iturrusgarai
Amor... é sempre amor...
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