Ufa! Depois de longos meses, sinto o coração bater mais calmo, sem aquela aceleração raivosa causada por frustrações, raiva e decepções que não se consertaram, e também, sem a palpitação charmosa, que vem acompanhada da falta de ar, do tremer das mãos e das pernas bambas. Hoje tudo está mais organizado, no sentido figurado da palavra. Os sentimentos estão organizados, como se fossem prateleiras em um armário, cada coisa no seu devido lugar, muito bem definido. As doses de perdão estão interligadas às mágoas que já foram superadas; os sorrisos bobos e os olhos que brilham estão num potinho mais a frente, e vira e mexe eu uso eles; as risadas estão espalhadas por todo canto, em todos os estágios, às vezes até acho que estou desperdiçando, mas por hora não tem problema, tem de sobra; as lágrimas eu não sei onde estão, na verdade até devo saber, mas não to procurando e nem quero encontrar; e as palavras de amor, ah... estão todas escritas em um caderninho que só uma pessoa poderá ler.
Engraçado pensar que já escrevi um texto intitulado “O reino de heart”, tenho pensado bastante nele nos últimos dias. Se a tempos atrás eu falava sobre um reinado absoluto, hoje eu poderia descrevê-lo como um segundo mandato, ou melhor, uma nova gestão, uma sucessão – essa é a palavra certa.
Tudo está muito claro... sei que existem barreiras como em tudo que temos a intenção de conquistar, nunca vem de mão beijada. Mas aprendi a respeitar o tempo, e não só isso, mas os planos da vida/destino... Não sei se destino existe ou se criamos nossa própria sorte, mas o fato é que eu me sinto capaz de esperar e observar o que acontece... eu tive meu tempo e soube vivê-lo a minha maneira, então nada mais justo que respeitar o tempo dos outros, aguardar as escolhas, as decisões, pois cedo ou tarde elas virão, isso é inevitável... mas não quero apressar as coisas, não farei imposições nem solicitações do impossível... respeito seu tempo, até que você alcance a maturidade necessária para usufruir da independência.
Quero extinguir os reinados, as monarquias impostas... prefiro essa ideia de democracia sentimental, onde ambos opinam, decidem e (esperam) curtem cada segundo juntos... felicidade compartilhada tem um sabor ainda melhor... quero dividir contigo ;)
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