6h00.
Quando as primeiras faíscas de luz despontam no céu, abro meus olhos para saudar o dia que nasce e cumprimento o sol com um sorriso breve... e nem sempre feliz.
Hoje, em particular, o sorriso ficou de fora das saudações. E essa ausência foi sentida no ritual de "bom dia", do qual faço parte todas as manhãs. Com muito esforço, pude erguer um sinal tímido de uma alegria fingida, simulando um sorriso que escapa pelo canto da boca, lábios que se inclinam para agradar quem está habituado ao meu afago matinal.
8:05.
Uma pausa pra cabeça descansar. Uma conversa na sala de descanso com os personagens que contam a história do "todo dia". Uma folha em branco sobre a mesa, ao alcance das minhas mãos. O giz que gira, risca, contorna e repara em pequenos detalhes. Uns minutos de silêncio e o pensamento viaja para longe. Vai buscar aquilo que parece faltar.
Embarco no balão de giz e espero que o vento saiba aonde me levar. Que sopre para o lado certo e permita acalmar essa inquietude chata.
9h10.
Hora de parar de contar o tempo, até que o tempo resolva passar.
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